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Tenho saudades de horas tuas. Tenho saudades de horas totalmente tuas e inteiramente dedicadas a ti. Estou com uma sede enorme de olhar para ti, de ficar a olhar para ti, de olhar para ti durante uma tarde inteira, só olhar. Olhar-te nos olhos, olhar para ti e ficar a saber o que não contamos durante semanas. Ou senão, ou senão falar. Falar contigo durante um dia inteiro, só falar. Contar-te tudo o que não tenho tempo, nem espaço, nem mente. Falar, falar, falar e voltar a descobrir como é que me apaixono por ti todos os dias, voltar a lembrar-me de como ficas impressionantemente deslumbrante quando falas a sério. E cada vez falas mais a sério, cada vez falamos mais a sério um com o outro. Ou senão podes abraçar-me. Podes abraçar-me durante um fim de semana inteiro, desde que me deixes olhar para ti e que fales comigo, mas que me deixes adormecer nos teus braços. Um fim de semana inteiro agarrada a ti.
Porque depois eu volto para aqui, e tu ficas aí, e mais um mês e mais três semanas, e mais um mês e assim passa o tempo. E mais é o tempo que deixo de te ver, do que aquele que te vejo.
Até quinta, são 18, gosto de ti sempre.
(...) E ao acordar de manhã está tudo na mesma. O céu está nublado, os pratos estão na pia por lavar, o chão está por limpar..e os livros, ai os livros estão em cima da secretária à espera que eu tenha coragem para pegar neles. Odeio quando vês que há muita gente a precisar de ti e usas o " já te ligo", e eu parva percebo o "já" como logo a seguir, como depois de 5 minutos. Como odeio esperar duas horas depois de um "já te ligo". Parece que tens dificuldade em perceber quando preciso mais de ti.
Vão ser 3 duras semanas, põe-te a altura.
Nem sempre perto, mas sempre juntos. 7 Maio.365.
Há dias em que me esqueço porque gosto de ti, dias em que fazes esquecer.
Depois há dias em que me lembras e fico sem saber, se é bom..se é mau.
A minha mãe bem me disse, estranho é quando numa relação está sempre tudo bem.

btw

(...) Porque tens de perceber que eu não ando assim, sempre em festa. Aliás, aqui raramente ando festa, ando é debaixo de chuva e de livros e de quarto desarrumado. Quero que percebas que tenho um poço grande, mas que tem fundo e que por mais que tente não aguento com os problemas de toda a gente e com os meus ao mesmo tempo. Quero que percebas que quando ignoras um problema meu para que possas falar sobre um teu só te faz perceber-me menos. Quero que percebas que nem todos os dias são fáceis, e que preciso que mais de uma mensagem por dia para resolver isso.

 Nunca te pedi nem te peço muito. 
Ah, também quero percebas que clichés e palavras bonitas não me resolvem, muito menos me envolvem ou encantam.
Lembra-te que quando sinto alguém a afastar-se, não vou atrás, afasto-me mais.
Boa Sorte para hoje, beijo na testa.
Abri os olhos e não cheirava a ti. É sina acordar todos estes dias nos lençóis amenos e não ter o teu cabelo preso na fronha da almofada, nem o aconchego do teu corpo nas minhas costas nem o calor da tua mão a tirar-me o cabelo da cara. Sinto-te sempre de olhos abertos quando eu os fecho. Não os sinto, não os sinto nunca, sempre que não estás, que não estou, que não estamos.
Abri os olhos e a tua blusa estava no chão. É ela que me leva a ti todas as noites, leva-me ao teu quarto, ao teu armário aberto no quarto, ao teu perfume no armário aberto, à blusa, de volta à blusa embrulhada com o teu perfume. Sabe-me tão bem. Quão estúpido é querer preencher o vazio da tua presença com um pedaço de tecido. Acho que sou estúpida desde aquele dia quente em que deixámos de viver num mar de rosas. Nunca nos despedimos, já reparaste meu  amor?  Não me soubeste dizer adeus naquele dia, e eu nunca te digo, sempre que volto para longe de ti, prefiro dizer " falamos mais logo ". E quando dizes que me dás o que eu quiser, que só preciso de pedir, eu peço-te o mais dificil, gostar de mim todos os dias.

Capital, a quanto obrigas

Há dias em que é fácil acordar em Lisboa. Há dias como o de hoje. Em que acordo com uma caixa de lenços quase gasta por obra do meu querido nariz. Levanto-me e vou até à cozinha, enquanto tento tratar do pequeno-almoço dou um toque na loiça limpa e uma panela (supostamente limpa) decide cair mesmo em cima da frigideira com óleo e respingar óleo por todo o lado. Depois de tudo limpo, meto o leite na caneca e quando vou para pô-lo no microondas, bato com a mão no dito cujo, arranho-me e leite por todo o lado. Depois do pequeno almoço tomado juntamente com o comprimido para a gripe e banho tomado decido ir adiantando o almoço, e mal toco no fogão deixo um mini recipiente com óleo ( óleo outra vez ) tombar, e óleo no fogão todo. Entretanto a minha mãe liga-me e diz-me para ir pagar a renda, ponho um cachecol ( sim, que o tempo em Lisboa não é o do Algarve ) e saio de casa. No momento em que fecho a porta, lembro-me que a chave de casa ficou em cima da secretária. Ainda com a esperança que o meu irmão estivesse quase a chegar mandei-lhe mensagem, mas para melhorar as coisas só chega depois das 13h, e eu entro às 14h e graças a não sei quem, a minha faculdade fica no outro lado de Lisboa. Já depois da renda paga vou ter ( outra vez ) com a senhoria e peço-lhe a chave, esta entrega-me um balde de chaves e diz " Não sei qual é, tens de experimentar todas ". A minha sorte neste momento é que tenho bom olho e acertei à primeira na chave que experimentei. Com esta brincadeira tive que descer, subir, voltar a descer e voltar a subir as escadas do prédio. Sorte que vivo no quarto andar, são 90 escadas.
Agora já tenho fome outra vez, acho que precisava de outro banho e ainda me espera uma viagem de metro depois de andar 3 semanas no carro da mamã.
E ainda o dia não vai a meio, que medo.

M

Nunca mudes quem és e juro que sou tua para sempre, para sempre.

km

Tenho saudades de te saber escrever como sabia antes. Como sabia de sol na cara, de baton nos lábios, de coração brilhante, de noites sempre dormidas, como sabia em concordância comigo mesma, como sabia de mim arrumada de ideias, de objectivos, de estratégias. E a tua voz sabe-me tão bem, sabe-me sempre tão bem até quando o que dizes não faz sentido. Falta-me o teu calor, a tua energia, o teu abraço, custa-me tanto fugir dele assim..Às vezes fujo mesmo, para custar menos deixar-te, todas as vezes em que ponho o pé no comboio. Todas as vezes em que me sento no banco e não aguento mais. Todas as vezes que digo que não aguento mais, e as vezes que tenho aguentado de cabeça levantada depois de 3 horas de viagem, todas. Até pelas noites em que acordo de mantas no chão, naquelas em que sei o que é dormir, é tão mais fácil acordar contigo ao lado, e sentir os teus braços à volta da minha barriga, e a tua respiração no meu ouvido e o teu beijo na testa. 
E a tua voz outra vez...a tua voz durante dez minutos..a tua voz a tentar desligar o telefone 4 vezes. 
Hoje até estás mais longe que o normal. Hoje estás tão perto, tão perto, ao pé de mim, sempre.
Acho que só agora parei para reflectir no ano passado. Obrigada 2012, foi o mais feliz dos anos.
De janeiro a dezembro, passando por maio, julho e setembro. Que 2013 lhe dê continuidade.
Agora é papéis, papéis e mais papéis por todo o lado.
Está quase, e depois férias, finalmente.
Não está fácil, não está nada fácil.