"But I see your true colors, shining through, I see your true colors
And that's why I love you, so don't be afraid to let them show
Your true colors, true colors are beautiful, like a rainbow"

Detalhes

Eles aparecem, ele ri-se contigo, eu rio-me com ela, rimo-nos uns com os outros.
Eles vão.

O meu sorriso é apenas teu, apenas me rio para ti, rindo-me de mim, dando-te o meu sorriso e tu, aprecias a minha alegria, consequência da tua sempre breve mas única presença, sorris para mim, enquanto pedes para me concentrar no teu olhar.
Os meus olhos fecham, apenas consigo sorrir por dentro de te ter tão perto de mim, por sentir a tua mão fria na minha cara , por sentir todo o valor que me dás com o teu simples toque.
Tu vais, eu sigo sozinha, não triste por te deixar mas feliz por te ter tido.
Chego, e passar os olhos por ti não é suficiente, alcançar-te parece impossível mas ser paciente é uma virtude, e vou sê-lo por ti.
Finalmente, vejo-te cada vez mais perto, e sorrio.

Ele ri-se dela, ela ri-se para mim e eu sorrio para ti. Ela ri-se de nós, eu rio-me de ti e tu ris-te do meu riso. Ela fica, tu mais uma vez vais, mas só sorrio por ela, porque sorrir não por mas para alguém, mesmo para ti.

Caixinha das recordações


Ela está no mesmo sítio, do mesmo jeito que a deixo todas as noites, todas as noites em que sinto saudade e volto a tira-la do seu lugar.
Abro-a e tiro tudo, com o maior dos cuidados, retiro cada fotografia, cada bilhetinho, trato de tudo o que lá tenho como se cada " documento " fosse o meu maior tesouro, como se fosse tudo o que tenho de mais precioso.
Limpo o pó a cada fotografia, volto a tentar tirar os vincos que as dobragens fazem às folhas, volto a endireitar os postais, volto a ver se todas as minhas canetas daqui e dali ainda escrevem.
Toco como se tivesse preste a perder tudo aquilo, como se fosse as ultimas vez que os/as pudesse ver.
Voltam-me à memória tudo o que as/os fez ir ali parar, o porque, o quando, quem, tudo ...
E por adorar tanto o que ali está é que tenho tanto prazer em voltar a abrir, tantas vezes, aquela caixinha rectangular, e passo o tempo que for preciso de pernas cruzadas , com o que chamo " o meu mundo ", à minha volta.
Em breve, comprarei outra, já começo a não conseguir fechar.
Mas agora, mais importante do que lá está, é o que vai lá estar.
Antes ficava triste por muito ter acabado, agora fico feliz por ter tudo acontecido.
Estou ainda mais feliz por ter cada vez mais para lá por, quero por lá tudo o que tenha para marcar "isto", faz com que seja cada vez mais, cada vez mais cada vez melhor, não só quantidade, mas significado.
Para além de querer tudo o que já tenho, quero muito mais, ter-te lá.
" O meu mundo numa caixa "


P.S. - não tenho escrito muito, mas espero reacções e comentários
Beijinhos (:
Já ouvi dizer mais de um milhão de vezes, que os momentos de mais inspiração são quando a vida anda cheia de melancolia, em que andamos sempre à roda do mesmo, a pensar na mesma coisa e a ver tudo à nossa volta como algo impossível.
Não vou ligar mais a certas coisas, acabou tudo.
Dei por mim num inicio inesperado e deixei de pensar naquele fim.
As coisas mudaram.
Estou bastante feliz e não vou ligar a bocas nem a comentários desnecessários.
Estou sem inspiração, mas melhor do que a ter, é estar como estou.
Até um dia destes.

Manhã não !

Acordei, a minha barriga apertou, levantar-me da cama parecia o maior pesadelo de sempre, meti-me debaixo do chuveiro ainda de mãos na barriga à espera que fosse apenas um mau começo. Quando dei por mim , estava já a sair de casa, de cabelo mal arranjado, com os pés enfiados nas sapatilhas e os cordões ainda por apertar.
Cheguei à escola e estampei um grande cínico e forçado sorriso no rosto, a ver se pregava uma rasteira aquilo a que se chama azar.
Sai no primeiro intervalo, fui até ao bloco, estava lá, tentei alcança-lo mas afastou-se, segui-o apenas com os olhos mas por pouco tempo, não podia "perder" tempo, dirigi-me à biblioteca na esperança de acabar o trabalho que me tinha chateado a cabeça a semana toda, abri os documentos, e deparo-me com nada, mas nada mesmo, tudo o que tinha feito na noite anterior tinha literalmente " ido com os porcos ".
Fui pelo impulso, não me importei com a aula asseguir, não me preocupei de como podia ficar cansada, não me importei com o tempo, apenas com a porcaria do trabalho, fui até casa, na esperança que lá estivesse o trabalho à minha espera.
Eram 11.20 da manha já eu estava a olhar para um funeral no caminho mais rápido para chegar á minha casa, sem paciência nem tempo para ter calma.
Cheguei a casa, liguei a maquina do café, enquanto a minha cabeça pedia por algo que me acordasse, o meu estômago pedia por algo ainda em jejum.
Liguei os computadores e nada, absolutamente nada.
Estava a caminho da escola, cansada, com uma boa dose de stress em cima, sem trabalho absolutamente nenhum, já com falta e um pressentimento de que ia levar um belo raspanete da professora.
Cheguei à escola, já mais calma, ela vinha ter comigo,para variar, ajudou-me ( ironia ) .Fui falar com a professora que foi até compreensiva quanto ao prazo de entrega do trabalho, bati a porta da aula onde devia estar, abriram, entrei e sentei-me, sem dizer uma palavra, o professor não perguntou, e eu também não responderia logo.
Tocou, sai, sentei-me no banquinho vermelho, ele fez-me sinal e eu limitei-me a ir ter com ele. Fomos almoçar e os pormenores ficam só para nós, revi pessoas que não via à muito tempo, fui para aqueles quadradinho verdes que eu tanto adoro, fui para a brincadeira da sexta as 6, e revi a felicidade que ansiava desde o momento que acordei.
A tarde compensou a minha manha, mas as horas matinais pareciam anos e as horas da minha tarde pareciam os segundos, rápidos, evitados, em que penso na manha que tive.