km

Tenho saudades de te saber escrever como sabia antes. Como sabia de sol na cara, de baton nos lábios, de coração brilhante, de noites sempre dormidas, como sabia em concordância comigo mesma, como sabia de mim arrumada de ideias, de objectivos, de estratégias. E a tua voz sabe-me tão bem, sabe-me sempre tão bem até quando o que dizes não faz sentido. Falta-me o teu calor, a tua energia, o teu abraço, custa-me tanto fugir dele assim..Às vezes fujo mesmo, para custar menos deixar-te, todas as vezes em que ponho o pé no comboio. Todas as vezes em que me sento no banco e não aguento mais. Todas as vezes que digo que não aguento mais, e as vezes que tenho aguentado de cabeça levantada depois de 3 horas de viagem, todas. Até pelas noites em que acordo de mantas no chão, naquelas em que sei o que é dormir, é tão mais fácil acordar contigo ao lado, e sentir os teus braços à volta da minha barriga, e a tua respiração no meu ouvido e o teu beijo na testa. 
E a tua voz outra vez...a tua voz durante dez minutos..a tua voz a tentar desligar o telefone 4 vezes. 
Hoje até estás mais longe que o normal. Hoje estás tão perto, tão perto, ao pé de mim, sempre.

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