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Não sou muito disto.
Posso senti-lo , mas não o digo, ou pelo menos deixei de o fazer tanto. Não costumo ser tão directa, tão concisa, tão certa de mim mesma. Não digo fria, digo consciente.
Ainda penso que seja uma palavra demasiado grande.
Não sabemos, não conhecemos os nossos próprios limites, não sabemos se é o máximo de cumplicidade que pode existir.
Quando deixares de me agarrar na cintura, de me virar a cara e de por mesmo em frente aos meus olhos aquilo que eu , tornando-o tão banal, não liguei, e que tu, em gesto de carinho, tornas-te tão especial. Quando mo deixares de segredar ao ouvido, quando deixares de o gritar bem alto, quando deixar de o ver escrito em tom de despedida, aí, aí posso sentir que desapareceu, mas no entanto, saberei sempre que houve uma altura em que existiu.
Sem saber o que me espera saberei sempre que valeu a pena.
Não serás eternamente meu, nem eu eternamente tua, mas este nós nunca deixará de existir.
Nada pode ser eternamente físico, no entanto, será sempre eterno.
O que é só nosso agora, será sempre só nosso, e é isso que nos torna tão nós, tão eternos.

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