Capital, a quanto obrigas

Há dias em que é fácil acordar em Lisboa. Há dias como o de hoje. Em que acordo com uma caixa de lenços quase gasta por obra do meu querido nariz. Levanto-me e vou até à cozinha, enquanto tento tratar do pequeno-almoço dou um toque na loiça limpa e uma panela (supostamente limpa) decide cair mesmo em cima da frigideira com óleo e respingar óleo por todo o lado. Depois de tudo limpo, meto o leite na caneca e quando vou para pô-lo no microondas, bato com a mão no dito cujo, arranho-me e leite por todo o lado. Depois do pequeno almoço tomado juntamente com o comprimido para a gripe e banho tomado decido ir adiantando o almoço, e mal toco no fogão deixo um mini recipiente com óleo ( óleo outra vez ) tombar, e óleo no fogão todo. Entretanto a minha mãe liga-me e diz-me para ir pagar a renda, ponho um cachecol ( sim, que o tempo em Lisboa não é o do Algarve ) e saio de casa. No momento em que fecho a porta, lembro-me que a chave de casa ficou em cima da secretária. Ainda com a esperança que o meu irmão estivesse quase a chegar mandei-lhe mensagem, mas para melhorar as coisas só chega depois das 13h, e eu entro às 14h e graças a não sei quem, a minha faculdade fica no outro lado de Lisboa. Já depois da renda paga vou ter ( outra vez ) com a senhoria e peço-lhe a chave, esta entrega-me um balde de chaves e diz " Não sei qual é, tens de experimentar todas ". A minha sorte neste momento é que tenho bom olho e acertei à primeira na chave que experimentei. Com esta brincadeira tive que descer, subir, voltar a descer e voltar a subir as escadas do prédio. Sorte que vivo no quarto andar, são 90 escadas.
Agora já tenho fome outra vez, acho que precisava de outro banho e ainda me espera uma viagem de metro depois de andar 3 semanas no carro da mamã.
E ainda o dia não vai a meio, que medo.

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