histórias II

" O alarme já tinha tocado.  Eu só sabia gritar o nome dela e dizer que tinhamos de ir embora, que não valia a pena arranjarmos mais confusões e mentiras.
E queria sair, queria ir-me embora, não por ter vontade disso, mas quanto mais rápido fosse menos me custava fazê-lo. 
" Aproveita o momento, por favor, fica "
Eu fervilhava por todos os lados, queria mais que tudo que a minha noite ali fosse, mas o alarme era a nossa badalada e não que o feitiço acabasse mas há abébias da qual não se deve abusar.
Quase que a arrestei e a vontade de ficar dela não podia ser maior que a minha, era impossível, não sabia o que ela sentia, e nem precisava para perceber que só queria ali ficar, ali ou mais longe, ir mais longe e longe dali. Estava na lua e queria que fosse ter comigo.
Corremos desesperadamente pela passadeira, e riamos, tanto eu como ela.
Chegámos, e fomos a correr para o quarto, rodámos a chave minuciosamente de modo a não se ouvir que tínhamos trancado a porta, tínhamos estampado na nossa cara e mesmo um cego perceberia tudo. 
Ela recebe uma mensagem ; " estamos no terraço, subam "
Não estavam mas nós esperámos, em 5 minutos sentimos alguém a subir as escadas, abrimos a persiana e saltámos pela janela. Estavam ao cantinho, sentados, enrolados nos saco-camas cheios de areia e água salgada, de garrafa na mão, dispostos a dormir lá se o chão não se dissesse tão " incrivelmente" duro.
Depois de uns minutos voltámos para o quarto e ela recebe outra mensagem " Não fechem a persiana , que nós voltamos ".
Deitámo-nos, eu pedia-lhe para não adormecer, e cada vez que fechava ou tentava fechar os olhos, gritava o seu nome e dizia " NÃO ADORMEÇAS ! ". Ambas já dormíamos uns minutos depois.
Acordei, olhei em frente, e lá estava ele, dentro do quarto, a olhar para mim enquanto dormia, fiz um esforço enorme para abrir os olhos, olhei para ele e sorri-lhe, e no mesmo momento em que percebi que ele não podia estar ali, ja ele saia pela janela, dizendo " Dorme bem meu anjo, Até amanha " "

Mais uma história...

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