Ontem e hoje não. Amanhã sim.

Não falem comigo, não me dirijam a palavra. Não quero ouvir, as vossas vozes ecoam demasiado alto dentro da minha cabeça, e o meu suporte emocional não aguenta tanta pressão. Não por ser fraco, mas por estar exageradamente frágil.
Não ligo a tentativas de apelo à vossa presença, não presto atenção a qualquer chamada da vossa parte, estou imutável.
Não por não querer mudar, mas por estar temporariamente fraca.
As emoções estão à flor da pele, e para rebaixes prefiro que permaneçam no silêncio. Não só vocês, principalmente eu e por mim.
Estou extremamente abaixo do nível, a minha motivação fugiu como por magia e hoje não me preocupo em encontra-lá, a disposição desapareceu com ela.
As luzes estão apagadas, os cortinados estão fechados, o quarto está vazio, o meu corpo permanece aqui, completamente estático. A minha mente, vaguei pelos sítios mais distantes, com os pensamentos mais rebuscados,elaboro-os metodicamente , querendo um amanha, não digo mais simples para não pedir demais, mas menos complexo.
A esperança ainda está cá, amanha vou acordar, e tudo na mesma monotonia vai estar tudo diferente, não me contradigo, mas digo que para todos vocês vai estar tudo igual, mas para mim, tudo estará diferente. O sol vai trespassar pelas ranhuras das persianas, e vou ouvir o vento a fazer as folhas baterem na minha janela, vou sair de casa com o maior sorriso na cara, afinal de contas, eu devo fazer isto por mim, por vocês.
Melancolicamente falando, estou tão terrivelmente habituada a esta paz de ultimamente, que cada vez que acaba, vejo-me no abismo, a paciência que armazeno durante meses, esgota-se em 3 dias, estou no meu limite.
Afinal de contas tenho o quero, as melhorias são bonus, e esses tenho de ser eu a consegui-los da maneira que for preciso.
Amanha ? Amanha é outro dia.