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Nunca é tarde demais, nem demasiado tarde
Deixar algo depende da força com que queremos que isso deixe de fazer parte de quem somos.
Encontrar alguma coisa depende da força com que procuramos. E quem não tem força nem capacidade para tirar alguma coisa do pensamento, nunca terá a habilidade de deixar algo antigo ou encontrar algo novo.
Agarrar as recordações não é não deixá-las fugir mas fazer com que permaneçam permanentemente e enquanto permanecer a agarrá-las não só não as vou deixar fugir como não terei espaço para mais nada a não ser passado.
Pouco a pouco, vou largar quase tudo, quando dizem que o tempo resolve tudo, é mentira, mas é verdade que ajuda, e muito.
Não terei espaço nem para muito do meu passado nem para nada do meu futuro.
Nem que tudo o que passei venha e me atormente vezes e vezes sem conta, me deite abaixo, nem que acorde todos os dias depois de ter o mesmo sonho, durante meses e meses a fio, seriam só mais uns, nada me espanta mais neste momento, eu não vou deixar que o faça.
Que veja tudo de mau que tenho para ver, não para me torturar, mas , mais uma vez, para perceber, que perco e perco mesmo, mas que um dia ganho, nem que no dia asseguir arrisque numa jogada duradoura mas com destino falhado desde inicio.
E posso falhar e voltar a falhar, mas todas as minhas falhas tal como eu, nunca serão inúteis, ao menos servirão de mau exemplo para o resto do jogo.
Não sou ingénua, nem inocente, sei muito pelas armadilhas em que caí, mas ainda tenho tempo para cair em muitas mais, e voltar a sair do fundo, do fundo em que me meto sem saber como.
Depois volto ao meu estado normal, e volto a ser eu, normalmente, aquela que todos estão habituados a ver, com um sorriso na cara, e " não, estou só cansada " deixará de ser a minha desculpa habitual como resposta.
E é isto que acontece quando deixamos o coração ganhar.

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