13 – Carta para alguém que gostavas que te perdoasse

13 – Carta para alguém que gostavas que te perdoasse 


Algumas pessoas acharam estúpido estar a escrever-te esta carta, outros vão achar que a estúpida fui eu.
Alguns dirão que quem devia perdoar era eu, outros dirão que te consegui " perdoar " muito rapidamente em tom irónico.
Uns acham que não fui eu que fiz o mal, que não fui eu que joguei tudo fora.
Eu sinto que te menti, que te enganei, que te disse coisas que não sentia só coma intenção de te magoar, e não foi assim, mas eu sinto-o.
Sinto que sentes que os nossos 4 meses não significaram nada para mim, que me dou a qualquer pessoa, que não foste nada para mim, que és substituível e que cortar relações contigo, fi-lo de bom grado. Preciso que percebas que não.
O que vivemos juntos foi só nosso, vivi muito mais depois, mas não quer dizer que tenhas sido apagado.
Nunca foste, não serás e és o único com a qual não tenho qualquer tipo de contacto e por ti, ante-ontem nem boa noite me tinhas dito, irias agir como se não me conhecesses, como se não tivesse sido nada para ti. 
E doeu-me, porque durante 4 meses foste o meu melhor amigo, sabias tudo e mais alguma coisa da minha vida e eu conheci-te como a palma da minha mão, sabia todas as tuas fraquezas.
O problema é que por muito magoada que tivesse ficado contigo, por todas as palavras, todos os medos, todas as inseguranças falsas e todas as vezes que me mentiste e me escondeste coisas, é que sinto que te magoei por ter feito tamanho alarido, e passado pouquíssimo tempo já me veres com outra pessoa.
Tu e os teus amigos, os teus queridos amigos, não dispensaram olhares, comentários e indirectas, mas eles esqueceram, tu pareces não querer faze-lo , pelo menos a pior parte para ti, porque as nossas memórias , pareces já ter esquecido.
E acredita que só deixei de pensar em ti depois e só porque houve outra pessoa em que pensar, mas deu-se a conhecer muito pouco tempo depois de saíres dos meus hábitos e no entanto , não foi tão rápido a entrar quanto tu.
Não posso deixar de te confessar, foste o que fez parte da minha vida mais tempo, mas o que significou menos, apesar de ter aprendido muito contigo, e agradeço-te por isso.
Eu só queria que falasses comigo, que me dissesses qualquer coisa, que mostrasses que ainda te lembras de mim por menos vezes que sejam, que não estás ressentido com tudo o que aconteceu, porque afinal de contas, quem ficou pior fui eu, a tua dor foi superficial, egoísta, sendo incompreensível eu compreendi, é normal, vocês são todos assim.
Volta a falar comigo e vamos ser o que nunca fomos, amigos.


( Carta 12 - não odeio ninguém )

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